Livro Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres | Diôgenes Laêrtios | Trad. Mário da Gama Kury

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O relato que o leitor tem em mãos é a mais preciosa obra conservada da Antiguidade a respeito da história da filosofia e dos filósofos gregos. O legado de Diôgenes Laêrtios constitui a fonte principal para o conhecimento das filosofias epicurista e estoica, e é importante para o estudo do ceticismo e das ramificações da filosofia socrática (o cinismo, o hedonismo e a dialética). Nela, o autor expõe as ideias dos mais importantes pensadores gregos, desde as origens da filosofia e dos chamados Sete Sábios até os últimos escolarcas da Academia platônica e do Liceu aristotélico, abrangendo cerca de oitenta filósofos.

Por ser antes uma história dos filósofos do que uma história da filosofia, os capítulos que compõem este livro pertencem tanto à literatura quanto à filosofia propriamente dita. Tal característica confere interesse ainda maior à obra, principalmente por seu conteúdo humano. Outro de seus méritos é a evocação palpitante da atmosfera do mundo em que viveram os filósofos antigos, graças aos numerosos detalhes que apresenta e aos elementos míticos e fantásticos misturados a anedotas de sabor popular. Esses detalhes, aparentemente marginais, são na realidade muito significativos e esclarecedores.

Uma vez mais, a Editora Madamu oferece um volume completo, com a elegante tradução de Mário da Gama Kury feita diretamente do grego, estudo introdutório, quase 800 notas explicativas e índices que facilitam a consulta, em edição cuidadosamente elaborada.

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Título: Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres
Edição: 1a. edição, 2024
Autor: Diôgenes Laêrtios
Tradutor: Mário da Gama Kury
Páginas: 528
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-65-86224-55-9.

SOBRE A OBRA
Na subscrição dos manuscritos mais antigos o título da obra aparece como sendo Coleção das Vidas e das Doutrinas dos Filósofos, em Dez Livros. Em outros manuscritos, a subscrição é: Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres e Dogmas de cada Escola, em Dez Livros, além do título mais curto de Vidas dos Filósofos.

A intenção de Diôgenes Laêrtios é apresentar os principais pensadores gregos, tanto os “sábios” mais antigos quanto os filósofos propriamente ditos. Antes da obra de nosso autor já haviam sido escritos numerosos livros do mesmo gênero, de muitos dos quais ele faz transcrições e citações, porém, somente sua obra conservou-se.

Embora sejam poucas as alusões de escritores posteriores a esta obra, podemos, de certo modo, seguir seu caminho. No século VI de nossa era, Stêfanos de Bizântion cita três vezes as Vidas. Fótios, patriarca de Constantinopla em 858-867 e 878-886, diz-nos que Sôpatros, mencionado no início desta introdução, referiu-se às Vidas. Há outras menções a elas no Léxico de Suídas (ou, segundo autores modernos, a Suda), baseado em parte na obra congênere de Hesíquios de Míletos (final do século VI); Eustátios e Tzetzes (século XII) também aludem às Vidas.

A notícia seguinte já vem do Ocidente europeu. No século XIII, época do apogeu da Escolástica, as primeiras traduções latinas de Aristóteles despertaram a curiosidade dos leitores em relação a outros filósofos mencionados pelo estagirita. Um inglês, Walter de Burleigh (1275-1357), discípulo de Duns Scotus, esforçou-se por satisfazer essa curiosidade escrevendo uma obra em latim, De Vita et Moribus Philosophorum, inspirada principalmente numa suposta tradução das Vidas de Diôgenes Laêrtios por Enricus Aristippus (século XII?). Na Renascença, já no século XV, veio a público uma tradução latina feita por Ambrosius Traversarius, e meio século mais tarde foi impresso, em Basileia, o texto grego. A obra de nosso autor suscitou extraordinário interesse, recebendo atenção entusiástica, entre outras de Montaigne. Para citar somente os mais ilustres, Casaubon, Henri Estienne, Ménage e Gassendi a editaram e comentaram. As primeiras histórias da Filosofia, publicadas nessa época, eram pouco mais que adaptações e ampliações das Vidas. Os editores da Antologia Palatina e de seu apêndice aproveitaram-se de epigramas, e os compiladores das primeiras coleções dos fragmentos dos poetas cômicos gregos utilizaram muito material contido em Diôgenes Laêrtios. Apareceram separadas das epístolas e fragmentos de Epícuros (Livro X), uma das partes mais valiosas da obra.

Não escapará ao leitor atento o fato de as Vidas serem, antes de tudo, a obra de um compilador incansável, a ponto de não perceber que se aplicava perfeitamente a ele mesmo a observado de Apolôdoros de Atenas em relação a Crísipos, reproduzida pelo próprio Diôgenes Laêrtios: “Se tirássemos das obras de Crísipos todas as citações alheias, suas páginas ficariam em branco” (Livro VII, § 181). A princípio, entretanto, não é fácil perceber tudo que é transcrição na obra, pois as referências incontáveis levam a pensar em erudição, mas, baseados em critérios estilísticos e outros, logo notamos que quase todas elas provêm de autores mais antigos, que Diôgenes Laêrtios reproduz, seja diretamente, seja por meio de compiladores intermediários. Não é possível determinar com certeza e precisão quantas das centenas de fontes (cerca de duzentas) ele próprio leu. Pode-se, todavia, supor com bons fundamentos que Diôgenes Laêrtios leu os compiladores mais famosos — por exemplo, Hêrmipos, Sotíon, Demétrios de Magnesia e Apolôdoros, por ele citados abundantemente.

É óbvia sua falta de espírito crítico em relação às fontes, o que não é de admirar, pois essa carência é característica de sua época. Ele aceita a lenda dos Sete Sábios, com sua troca de visitas e cartas protocolares, e reproduz ingenuamente as afirmações mais absurdas constantes das obras dos compiladores precedentes, sem estabelecer sequer uma hierarquia das fontes e sem a mínima preocupação com a coerência, como acontece no caso da inserção de notas marginais (escólios) num contexto onde a intrusão salta aos olhos (principalmente no Livro X, onde tais intrusões abundam).

Notam-se, igualmente, equívocos decorrentes da utilização negligente de grande número de transcrições, a ponto de algumas terem ido encaixar-se numa Vida errada — por exemplo, no § 1 do Livro II atribui-se a Anaxímandros uma descoberta de Anaxagoras, além da confusão de Arquêlaos com Anaxagoras, de Xenofanes com Xenofon e de Protagoras com Demôcritos.

Na realidade, as Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres muitas vezes são mais uma história dos filósofos que uma história da filosofia, e pertencem mais à literatura que à própria filosofia. Mas, sua importância e seu interesse talvez sejam ainda maiores porque aparece pouco do próprio autor na obra, onde, em geral, ele reproduz exatamente o que está sob seus olhos nas fontes de que se serve. E na comparação que podemos fazer de sua Vida de Pitágoras com as Vidas do mesmo filósofo de autoria de Iâmblicos e Porfirios, de seu Platão com o de Olimpiôdoros, de seu Sôlon com o de Plútarcos, Diôgenes Laêrticos não sai perdendo.

SOBRE A TRADUÇÃO
Não fosse o grande interesse intrínseco da obra, a tradução das Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres seria uma tarefa extremamente ingrata. De fato, o estado do texto ainda é precário em muitas passagens onde o sentido permanece obscuro, apesar das numerosas conjecturas de filólogos de várias gerações; para enfrentar esses desafios frequentes, o tradutor se transforma repetidamente em intérprete e é tentado quase que irresistivelmente a parafrasear. Essa circunstância talvez explique o pequeno número de traduções da obra mesmo em países onde a filologia clássica é cultivada intensamente, como a Alemanha, a França, a Inglaterra e a Itália. De qualquer modo, nossa intenção foi respeitar ao máximo o texto, mesmo em suas obscuridades, em vez de contorná-lo ou violentá-lo.

Como em nossas traduções anteriores, e mais ainda que nelas, os nomes próprios gregos são simplesmente transliterados em caracteres latinos, com pouquíssimas exceções — p. ex. Homero e Platão. Para facilitar a composição tipográfica, transliteramos as palavras gregas em caracteres latinos (o “c” e o “g” têm sempre o som duro, como em português, antes de “a”).

As repetições do original, extremamente frequentes, são, geralmente, reproduzidas na tradução, respeitando o estilo descuidado do autor ou de suas fontes. Procuramos ser coerentes no uso da linguagem filosófica, e pedimos desculpas antecipadas aos filósofos profissionais por discrepâncias quase inevitáveis numa obra desta natureza.

Seguindo, também, o critério adotado em nossas traduções da Política e da Ética a Nicômacos, de Aristóteles, para esta mesma editora, traduzimos areté por “excelência”, aretai por “formas de excelência” e kakia por “deficiência”, e não pelas formas tradicionais e enganosas de “virtude”, “virtudes” e “vício”, respectivamente, que, por seu sentido muito estrito, podem levar a interpretações insatisfatórias.

Os algarismos arábicos entre parênteses indicam os parágrafos constantes das principais edições do texto, que facilitam as remissões e o uso dos índices. As notas marginais (escólios) dos manuscritos mais antigos, incorporadas ao texto do Livro X nos manuscritos posteriores conservados, aparecem na tradução entre parênteses duplos ((...)).

Servimo-nos, de um modo geral, do texto preparado por Cobet para a edição na coleção Didot, útil ainda hoje apesar da edição recente de H. S. Long na coleção “Scriptorum Classicorum Bibliotheca Oxoniensis”, 1964 (sobre as deficiências e qualidades desta última edição, veja-se a recensão no nº. 2 do volume XV da Nova Série, de junho de 1965, da “Classical Review”). Consultamos, também, o texto eclético de Hicks para a “Loeb Classical Library” (1931-1942), bem como sua tradução na mesma coleção. A ótima tradução de Marcello Gigante para a Editora Laterza (Bari, 1962), seguida de extensas notas complementares, é a mais recente que conhecemos.

Há edições separadas do texto das Vidas de Platão por Breitenbach e outros (1907), de Aristóteles por Düring (1957), dos estoicos por von Arnim nos Stoicorum Veterum Fragmenta (1905-1924), de Pitágoras por Delatte (1922) e de Epícuros por Usener (1881), por Cyril Bailey (1926) e por von der Mühl (1922). Graças ao trabalho crítico desses editores, as condições do texto nessas Vidas são mais satisfatórias.

SOBRE O TRADUTOR
MÁRIO DA GAMA KURY foi um dos mais destacados tradutores brasileiros de textos clássicos da cultura greco-romana. Ele traduziu mais de 30 textos como A Trilogia Tebana, de Sófocles, Oréstia, de Ésquilo, e organizou o Dicionário de Mitologia Grega e Romana, com aproximadamente três mil verbetes, considerado fundamental para o conhecimento dessas civilizações, sua pré-história, mentalidade, sentimentos e instituições.

Kury nasceu em Sena Madureira, no Acre, em 30 de dezembro de 1922. Filho de imigrante libanês com mãe brasileira, o jovem acreano se formou em Direito e, nos anos 1940, começou a trabalhar na Cia. Vale do Rio Doce, lá permanecendo por mais de 30 anos. No início dos anos 1970, tornou-se diretor comercial da companhia.

Intelectual singular, Kury falava seis línguas fluentemente. Quando se aposentou em 1976, pôde se dedicar mais intensamente à paixão de toda a vida: a tradução de clássicos da literatura greco-romana, diretamente do original para o português. O amor à língua de Aristóteles surgiu ainda menino ao folhear livros em grego da coleção do pai. Já adulto, decidiu aprender a ler "aqueles caracteres diferentes" por conta própria.

"Certa vez, meu pai me disse: 'Quando você crescer, procure ler esses livros porque eles são eternos'. Aquilo ficou na minha cabeça e nunca mais saiu”, relatou Kury em entrevista para o livro comemorativo dos 60 anos da Vale, publicado em 2002.

Em abril de 2013, a família de Kury doou à Academia Brasileira de Letras a biblioteca do tradutor, com mais de 1.700 livros. Incluem-se na coleção de Kury algumas raridades, entre elas um livro em latim sobre Aristóteles, datado de 1592, e um dicionário greco-romano, de 1877. Mario da Gama Kury faleceu no Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 2016.

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